terça-feira, maio 16, 2006

Pra você ver

Quando eu era pequena, iam na sala de aula deixar o carnê de pagamento da mensalidade escolar. Um dia, certo coleguinha de classe, ao ver o funcionário da escola chegando com os carnês na mão, gritou:

_ Olha o carneiro!

Eu quase morri de rir, juntamente com o restante dos amiguinhos. Também ia às gargalhadas quando algum gaiatinho da sala respondia "presidente!" ao invés de "presente" na hora da chamada. Eram tolices que me faziam feliz.

Se hoje em dia eu presenciasse qualquer dessas situação, provavelmente ia olhar pra quem gritou a besteira com uma cara repressora de ponto de interrogação. Talvez até balançasse a cabeça negativamente, se encontrasse olhares cúmplices no ambiente. E o coitado ia ficar morrendo de vergonha pra aprender que isso não é coisa que se faça.

Pra você ver como a gente incorpora valores e partir deles julga as pessoas.
Pra você ver como a gente muda com o tempo, nem sempre pra melhor. Pra você ver como são as coisas. Pra você ver.

4 comentários:

Anônimo disse...

Pra você ver minha amiga como são as coisas....

suas inspirações estão aflorando cada vez mais né??

beijinhos de sua irmãmiga.

Anônimo disse...

é engraçado mesmo quando a gente é perquena... eu, quando era pequena, achava que a minha vózinha já tinha nascido velhinha e que eu ia morrer criança...

Tyr Quentalë disse...

a inocência de uma criança transforma pequenas coisas em momentos de risos constantes, mas as crianças de hoje, não mais estão rindo como ríamos quando éramos crianças. Os preceitos, conceitos e tantas outras coisas mudaram seus valores de acordo com a repreenssão que fazemos a nós mesmos, depois de olharmos para o passado e refletirmos sobre as coisas que nos fazia sorrir. Isso minha cara.. mostra que nos tornamos "piratas".

Anônimo disse...

Coincidentemente eu estava escrevendo algo parecido à respeito.
Eu sempre digo que quanto mais agente vive, pior fica.
Então eu escrevi um negócio pra mim mesmo: Exercício da Bondade -
Procurar sempre exercitar a bondade, através de filmes, livros e músicas que estimulam isso. Ou corremos o risco de nos acostumarmos com toda a maldade que há no mundo que nos cerca e acabar, também, fazendo parte dela sem perceber. Pois a maldade será tão comum que não será nem notada como tal.
Mais um dos meus pensamentos que não me deixava dormir enquanto eu não escrevesse.
Um abraço!
Hericksson