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Quanto tempo eu não escrevo? Tempo insuficiente para esquecer como se faz isso. Talvez suficiente para não mais fazê-lo razoavelmente bem. Estive me lendo, e gostava de mim. Mais uma vez não sei onde me perdi.
Outro alegre carnaval chegou, e passou. Em pulo que dei cairam do bolso meus sonhos? Em que esbarrão quebrou-se meu juízo? Em que gole eu me diluí, afinal?
Chego e me encontro sem rumo. sem vida. gastei toda minha alegria na festa? com o dinheiro?
Não. Ainda tenho dinheiro, e a alegria já me andava mesmo pouca. Talvez o carnaval tenha é me emprestado da sua.
Eu estou tão assim. Há algo errado. E um amigo que me conhece a dez anos disse que eu falo isso a dez anos. E nesse tempo a minha pele envelheceu bem menos que o meu olhar. Meu olhar está quase morto.
Eu devia ter pudores de me escrever desse jeito.