terça-feira, agosto 10, 2010

O som do amor

O seu amor é uma música líquida. Porque eu gosto, pero não sei. Onde me escorrega. Onde me preenche. Onde me reflete e ressoa. Onde me dança e me encanta. Me ensina teus passos no meio da rua? No meio da vida? A minha já tá no meio da tua a um bom tempo. Nem sempre tão bom. Quanto queremos! Não é? Mil vezes melhor do que poderíamos saber, quando nos permitimos. Ah, o som do amor. Tem que vir embutido ao som de lágrimas? As tuas faziam tanto barulho que meus tímpanos iam explodir. Não me doa, pois te amo. Escolho ouvir os teus risos quando me faz cócegas, e a vida é tão mais leve que podemos bailar no ar.

sábado, fevereiro 20, 2010

E se não fosse o carnaval...

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Quanto tempo eu não escrevo? Tempo insuficiente para esquecer como se faz isso. Talvez suficiente para não mais fazê-lo razoavelmente bem. Estive me lendo, e gostava de mim. Mais uma vez não sei onde me perdi.

Outro alegre carnaval chegou, e passou. Em pulo que dei cairam do bolso meus sonhos? Em que esbarrão quebrou-se meu juízo? Em que gole eu me diluí, afinal?

Chego e me encontro sem rumo. sem vida. gastei toda minha alegria na festa? com o dinheiro?
Não. Ainda tenho dinheiro, e a alegria já me andava mesmo pouca. Talvez o carnaval tenha é me emprestado da sua.

Eu estou tão assim. Há algo errado. E um amigo que me conhece a dez anos disse que eu falo isso a dez anos. E nesse tempo a minha pele envelheceu bem menos que o meu olhar. Meu olhar está quase morto.

Eu devia ter pudores de me escrever desse jeito.