sábado, outubro 29, 2005

Again

Eu adoro a música " Por ande andei" do Nando Reis e fico no carro mudando de rádio direto a procurando. E estou a ouvindo agora.

Pra ver se ela me acalma. Acabou e vou repetir. Quantas vezes for necessário. E que se dane a pontuação.

Sairam os Editais todos de uma vez. Deixa, deixa por favor eu ouvir esta música pra eu não pirar. Deixa eu ir ver minhas amigas outra vez hoje a noite, depois de tanto tempo.

Tempo que não, não estudei mesmo. Mas não as vi e quero tanto sentir os braços dos meus amigos cercando meu corpo. Eu sempre sinto tanto frio. Pressão baixa?! Acho que sim, mas só a orgânica. A psicológica é grande.

Então deixa. Deixa eu adoçar minha boca com aquele vinho. Já faz tanto tempo e preciso reavivar a lembrança da dormência apossando-se do meu corpo até nada mais importar.

Acabou a música. Vou repetir.

quarta-feira, outubro 26, 2005

"E isso porque diz mais..."

Incrível como as pessoas podem se tornar gentis quando estão prestes a perder algo ou alguém. E por um instante me vem uma certeza amarga de que para que as coisas aconteçam de modo perfeito devemos estar sempre sobre ameaça.

Por falar em ameaça, escrevi uma carta a meu pai expondo um problema particular meu e informando-lhe que não se preocupasse, pois eu ia procurar ajuda. Ele entendeu que eu estava o culpando e ameaçando me matar. Tcs, tcs ... as pessoas e suas interpretações alternativas. Mas também, onde já se viu escrever carta para quem mora na mesma casa?

É mais fácil falar com os dedos do que com a boca. Ah se é. Pra mim é. Mas tem gente que enche a boca de palavras tão bonitas, tão boas de ouvir e tão vazias de sentimentos verdadeiros. Ao menos minhas palavras escritas são encorpadas e nada vãs.

Mas pra ele, nem escrever eu escrevo. Não digo que amo. Nem escrevo. Sei que é bom pras pessoas saberem o quanto gostamos delas (e como eu gosto dele!); mas se lhe disser significar perde-lo prefiro ficar calada. Muda até das mãos. Egoísmo meu priva-lo da imensa satisfação de saber como é amado. Só que ele também precisa da ameaça pra tudo ser perfeito.
É tão bom amar! É tão bom amar, mesmo que eu seja cruel deste jeito ...

terça-feira, outubro 11, 2005

Kinsey - Não vamos falar de amor

Descobri este final de semana que dizer que se gosta de uma pessoa pode ser uma maneira de dizer "eu não te amo". Ou variantes, como "eu não te amo tanto por isso vou dizer só que gosto porque se disser que amo pode ser que você pense que amo mais do que amo" que corresponde a um belo "não se iluda". Quanta tolice. Ás vezes é melhor ficar calado. E beijando.

O Kinsey*, ao convidar-nos a falar de sexo, é bem categórico quando lhe perguntam o porquê dele não incluir o elemento amor nas suas bizarras e prazeirosas experiências científicas: "Porque o amor não é mensurável". Ah, quer dizer o problema era falta de amormômetro Dr. Kinsey?!Pois taí, achei um jeito.


* Do filme Kinsey- Vamos falar de sexo.
Pra quem não assitiu, vale. E não vou dizer vale é pena, porque não é pena nenhuma.
Pra quem já viu, vocês lembram da cara do Kinsey quando seu "aluno" fez " aquela" proposta com a maiooooor naturalidade à sua (do Kinsey) mulher? :-D

Desafabinho: Pra rir ou pra chorar?

Ontem meu namorado me ligou e eu estava dormindo. Hoje de manhã eu liguei e ele estava dormindo. Estive pensando em propror-lhe que dormíssemos juntos. Mas desisti. Podia ser que ele me interpretasse mal.

LEIS E PRINCÍPIOS NA PRÁTICA

"O seguro cobre tudo, menos o que aconteceu" ( Lei de Nonti Pagam)

"Se você mantém a calma, quando todos perderam a cabeça, é porque não captou o problema" ( Axioma de Lento Tapado)

"Os problemam não se criam, nem se resolvem, só se transformam" ( Lei da Persistência de Sife Rou)

"Se só existem dois programas que valham a pena assistir na TV, os dois passaram na mesma hora" ( Lei de Me Deimal)

"A velocidade do vento é diretamente proporcional ao preço do penteado" ( Lei Meteorológica Barbeiro Pagarás)

" Quando, depois de anos sem usar, você decide arquivar alguma coisa, vai precisar dela na semana seguinte" ( Lei Irreversível de Kitonto Kifostes)

sábado, outubro 08, 2005

"O ser humano inventou a linguagem para satisfazer a sua profunda necessidade de se queixar" ( Lily Tomlin)

Impossível ser Livre. Livre, nem Morto.


* Foto tirada no cemitério de Viçosa do Ceará, em julho deste ano.

* Não que eu concorde que após a morte não somos livres. Talvez Sartre esteja certo e a nossa angústia ( e em vida, ainda) seja a de sê-lo sempre. O trocadilho foi porque eu precisava de um bom título, e porque Sartre pode está errado. Ele é o que da Xuxa?

quarta-feira, outubro 05, 2005

Conclusões

1. Coisas inesperadas acontecem. Ex: um prego no carro quando você se dirige toda feliz ao aniversário de uma amiga na segunda a noite.

2. Existe preconceito no mundo. Ex: Alguns flanelinhas (maltrapilhos, evidentemente) estão trocando o pneu do carro pra você ( desesperada, evidentemente) e um senhor (que está dentro de um carro hiperimportado que passa na rua no momento) lhe chama e diz para você tomar cuidado que "isto está parecendo com roubo".

3. Existe gente boa no mundo; mesmo que o senhor do carro hiperimportado, que era delegado; tenha tomado a precaução de lhe alerta e feito o favor de descer do carro para "fazer medo" aos "possíveis" bandidos.

4. A gente quebra a cara e aprende. Aprende a prestar atenção nos buracos, e aprende a amar as pessoas. Principalmente.

5. A gente agracede por ter passado de cara por cima de um buraco, papocado os dois pneus da direita, ter sido parada pelo flanelinha e socorrida por ele, seus"colegas de trabalho", o mototaxista da esquina, o motorista da Secretaria de Ação Social que estava por perto, um senhor que tinha seu carro "pastorados" pelos rapazes e até por um delegado, que passava pela rua na hora do ocorrido.

FIM