sexta-feira, outubro 10, 2008

Eu tava pensando...

Engraçado, às vezes parece que o meu passado não é meu. De tão descoladas que estão de mim, minhas lembranças_ quando evocadas_ parecem com a vida de outro alguém que talvez eu nem conheça. A minha memória são filmes... eu até gosto de alguns, mas de todos (só eu) sinto o cheiro e nisso está a particularidade.

(suspiro)

Eu só sei que o meu presente é um presente. É um estar sendo, e tão presente. Eu só sei que eu sou agora uma constelação de coraçõezinhos vermelhos flutuando no céu.


... a gente pode morrer de ser feliz?Eu estou vivendo de ser. :)

segunda-feira, setembro 01, 2008

Hoje

É como se ...

...todas as decisões fossem definitivas

...todas as emoções fossem infinitas

...todos os segredos fossem indecifráveis.



E eu não sei se é TPM o que sinto por você.

terça-feira, agosto 26, 2008

Engraçado...

Às vezes a gente tenta desatar os nós e desfaz o laço*.

Acontece.


*laço, bonito, vermelho, de embrulhar bons presentes não segura sempre os nós de marinheiro.

quinta-feira, março 27, 2008

O que sou.

Aprendiz
Aprendendo a aprender
a apreender
essências
a lapidar
saliências
a encontrar
diamantes
a chorar menos que antes
Aprendendo a aprender
o que estou aprendendo.

quarta-feira, março 19, 2008

Permeável

Eu não sou impermeável. O que vem de fora me encharca. De repente sou esponja de sensações emanadas por outros alguéns. Às vezes isso faz chorar, mas agora é ininarravelmente maravilhoso.

permeável
do Lat. permeabile

adj. 2 gén.,
diz-se de um corpo através do qual pode atravessar o ar, a água, etc. .

o amor.

sexta-feira, março 14, 2008

Porvir

As mãos suspensas no ar
uma palma quase por bater
mas as mãos ficaram estáticas
engessadas pra sempre na fotografia

É a isso que se chama angústia?
Não creio que tenha nome

Se o tem , é falta
falta de aplauso
um grito de vitória apenas imaginado

É preciso um fluxo
para que minhas cores
deixem de ser tolas
e ganhem significado.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

A viuvez não é fácil












Hoje pela manhã, quando caminhávamos enfileirados para o almoço, eu o observava. Mais uma vez me incomodou o seu jeito breve e encurvado de andar_ um caminhar de gente triste. Me aborreci em segredo: quando esse seu modo não me dá raiva, ele me mata. E eu escolhi viver.

Porém, agora, já no fim da noite, ouço do quarto você assobiar enquanto prepara uma sopa. Assobio afinado que me enche de alegria e me faz emergir das leis que agorinha estudava. Então me satisfaço por ter feito falso juízo ao meio dia e volto a acreditar que você ainda gosta da vida. Apesar. Apesar...