sexta-feira, setembro 30, 2005

E ponto.

Definitivamente, eu tenho que estudar. MAIS. Mesmo que eu ame ler os livros da Clarice Lispector, e fique tentada a pegar algum todas as vezes que passo pelas prateleiras da biblioteca. Por favor, todos os que lançaram livros com fotografias belíssimas, me desculpem. Vou privá-los do meu olhar. René Magritti, meu lindinho, você também. Mas preciso dizer-lhe antes que adorei aquela " ironia" que você inspirado no quadro do Manet. Pintar aquelas pessoas que estavam á varanda, todas encaixotadas, mas ainda com posturas de vivos foi demais. Pra você ver, eu parece que continuo me sentido seduzida ( sera sedução mesmo?!) pela morte. Mas, porsso me justificar dizendo que apenas a encaro, não lhe viro a cara como fazem muitos. Sei que existe, e pronto. Também não quer dizer que eu queira me matar. Deve ter também aquele lance de vc ser atraído pelo desconhecido.

Mas , enfim, eu estava a pedir desculpas e me perdir. Estava a fazer promessas e me perdi.

Deixa eu me eu, achar...Ah, Magritti, pois é, espantoso de bom seu quadro. Parabéns. Também gostei do que tem umas nuvensinhas pintadas no olho. Mostrei pra um amigo e ele deu de ombros e disse q não tinha nada demais. Menos um fã pra você.

Bom, e devo estudar. Mais. E não só as coisas que eu gosto, mas as que tenho que aprender a gostar. Como Contabilidade. Tive uma aula hoje que... Nossa. Mas aprender a gostar de obter coisa é fácil ( ainda mais quando a " coisa" é obter conhecimento. Qualquer que seja ele.). Difícil é aprender a gostar de gente. Porque tem gente que... nã. Todo mundo sabe.

Estudar, estudar e estudar. Fiz até um horário de estudo. Formal. Tinha um, já, lógico. Mas de cabeça, coisa vaga. Agora é no papel. Vamos ver se facilita. Se motiva. Porque, já disse, devo estudar. Mesmo com distúrbios alimentares. Já tou largando de mão. Mesmo me preocupando demais com esta coisa de estética corporal. Puta que pariu. Eu sei que é futilidade , pelo menos em 70%, e ás vezes me toma tanto os pensamentos. Mas, como devo estudar, a matéria vai espremer estes pensamentos ridículos do meu cérebro.

É, meus amigos, devo estudar. E pronto.

quarta-feira, setembro 28, 2005

"Haverá paraíso, sem perder o juízo e sem morrer?"

Hoje acordei ( e ontem dormi) me perguntando o que leva as pessoas a cordarem todos os dias para as suas vidas. Porque, alguém me diga!, aquele frentista varre tão cuidadosamente a folha de milho que pousou defronte ao posto? E ainda é tão cedo da manhã para se fazer isso!

Mas é Primavera, que eu vi no jornal, que começou dia 23 deste mês, que é Setembro. E as pessoas devem se levantar na expectativa das flores. Se eu ao menos...

sexta-feira, setembro 23, 2005

TPM

Não sei se é culpa do ciclo, mas me veio de novo hoje a impressão de que na vida estarei sempre a acumular paixões. Nunca deixarei de gostar deste porque agora gosto deste outro. Não. Gosto deste, do outro e do anterior. Meus amores eternos, que por vezes me enjôam e aí eu gosto só de mim. Vontade de tocá-los, todos, hoje. Um por vez, formando nós dois sempre. De cada vez. E dizer, com uma verdade descarada, o quanto gosto, o quanto me importo sim, o quanto sou grata. E ficar calada, só olhando e sendo vista quando as palavras já não alcançarem mais.







Sim.

Mas esta queda nos níveis de estrôgenio e progesterona deixam a gente como o quê!

Ninguém se declara assim

“ Eu não sei exatamente que lembrança inconsciente minha você revirou (o que é óbvio, se está no inconsciente não dá pra eu saber mesmo). Mas o fato é que ela estava lá, quietinha, na dela até eu abrir aquela porta e, dentre tantos presentes na sala, você ser o que foi imediatamente scanneado por minhas retinas. Mesmo com aquele ar antipático. E outra coisa posso dizer: a memória que você fuçou foi das boas, porque gostei de ti de graça. Sim, apesar daquela camisa do Fortaleza e do ar antipático. Apesar. A forma como sua boca de encaixa no rosto, seu cruzar desinteressado de braços, os óculos escorregando pelo seu nariz e você impaciente o recolocando defronte aos olhos...tudo isso emana uma força magnética da qual não pude fugir. Quando você me surpreendeu com aquele largo sorriso no corredor, quase fui ao chão. Ninguém ousa sorrir para mim assim, ainda mais quando me esforço para parecer séria. Ainda mais quando penso que este alguém é antipático e ele me mostra que estou errada ao cubo. Ainda mais quando me atrai sem motivo; sem ser o mais alto, o mais bonito. Você é um rapaz com o qual eu me casaria tranqüilamente, caso eu pensasse eu faze-lo. No entanto, não há porque se animar ou se preocupar. Isto não é uma cantada (na verdade, está mais parar desabafo). Não penso em casar e namorado até já tenho, inclusive gosto muito dele. Nem sei porque lhe falo isso agora, talvez essa minha mania de querer expressar qualquer verdade que porventura descubra, já que isso é coisa rara. Você não precisa me dar um beijo de tirar o fôlego, nem um fora; nem precisamos ficar em situação constrangedora nenhuma. Até porque ainda vamos nos cruzar um número razoável de vezes. Isso é só metade estranho, metade engraçado.

Um abraço”

quinta-feira, setembro 22, 2005

Salvador Dali, dá pra salvar daqui?

A persistência da Memória

Hábitos e mudanças - poema do budismo tibetano -

Primeiro dia:Eu ando por uma rua.
Há um buraco fundo no meio da rua.
Eu caio no buraco.
Não é minha culpa.
Demora uma eternidade para eu conseguir sair.
Segundo dia:Eu ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo no meio da rua.
Eu finjo não ver o buraco.
Eu caio de novo.
Não posso acreditar que caí no mesmo lugar, mas não é minha culpa.
Demora muito para eu conseguir sair.
Terceiro dia:Eu ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo no meio da rua.
Eu vejo o buraco e, ainda assim, eu caio no buraco...
É um hábito.
Meus olhos estão abertos, eu sei onde estou.
A culpa é minha.
Quarto dia:Eu ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo no meio da rua.
Eu dou a volta e não caio no buraco.
Quinto dia:Eu ando por outra rua.


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Mas qual é o endereço?

quarta-feira, setembro 21, 2005

Enquanto Vivo

O mamao apodrece na fruteira
A perder seu laranja entusiasmante
Traz em si algo que contamina
E de repente a banana perto também já está preta de podre
É o que observo e no que penso
Enquanto sentada á mesa da cozinha

O café quente na xícara vermelha
Aguarda meu primeiro gole
As coisas sofrendo a acao do tempo
Aquelas frutas _dádivas da natureza_que esperaram, foram rejeitadas
Já nao servem mais
A ferrugem que ameaca de leve o pé da geladeira que logo terá de ser outra

E já nao há mais fumaca pairando sobre o meu café
que continua a aguardar meu primeiro gole
Miro o líquido escuro com poder e pena
Alguns instantes e já náo serve mais
Pobre café que nao é eterno que ainda aguarda meu primeiro gole

Nao te beijo, está frio, vou-me embora.

terça-feira, setembro 20, 2005

Again, and Again, and again

Há dias em que cada fração de segundo parece uma batalha e cada movimento executado, uma vitória. Alguém podia me dizer que isto é motivo de felicidade: divida o dia por segundos e os segundos por suas prórias frações e contabilize o quanto se ganha. Mas me pergunto: Vencer o quê? Se no final é ela quem vence.

Os dias são tão longos e eu estou ficando velha. Devagar demais.

Vou procurando outra desculpa. Quando se tem a faca e o queijo na mão e não se faz nada; é minha culpa. Mas porque me deram esta faca? Quem disse que eu queria queijo? Mas estão aqui postos. Posso sentir a afiação da faca a cortar minha garganta, mas não sou doida. Sinto o cheiro salgado do queijo. Basta uma ação. Mas minha fome é outra. E tenho a impressão que sempre será outra enquanto me derem as ferramentas.

Estou indo. Sim senhor. Sim senhora.

E sou como todos que ajustam seus discursos conforme a mudança de idéias. de humor. de lua.
E quando me sinto disposta, visto-me com frases de determinação. E quando estou de saco cheio disto digo que ser humando inteligente é aquele aberto, capaz de mudar idéias e buscar novos horizontes.

Há se o mundo fosse mesmo quadrado! Eu seria bem menos.

(suspiro)

sábado, setembro 10, 2005

Eu recomeço isso?

Recomeçei. Escrever me faz falta, mas agora não vou continuar porque acabei de perder o texto enorme que tinha escrito e fiquei com raiva. Argh. Não devo alimentar estes sentimentos. Vou por em prática algo que aprendi hoje na palestra de um monge budista.Vai ver funciona, sabe lá. Um dois, três e:

Inspira. Expira. Eu inspiro. Eu expiro. Barriga pra fora. Barriga pra dentro. Barriga não volta pra dentro. Ai meu pai, tou gorda. Vou dormir.