segunda-feira, abril 03, 2006

Desespero inesperado


Meu amor, o que há?
Estás deixando de me amar?
Porque sinto este oco de ti em mim?
Meu corpo percebe o seu vazio.

Tu descolas o sentimento que me tinhas do coração
Vens invisível passar uma borracha sob meus neurônios para deletar nossos bons momentosMas me dói tudo que de ti se vai
Me dói o que fica de nossas briguinhas tolas por nada

Briguinhas tolas por coisinhas tolas
Como uma luz acesa no momento errado
Ou uma torneira que, independente da nossa vontade, não quer parar de pingar
É assim que o amor se esvai?

Como se uma careta pudesse desmanchar tudo que vivemos
Somado a tudo que jamais vivemos, porém sonhamos em par...

E antecipo o choro pelo fim
O fim que se insinuas por vir
"nem tão longe que eu não possa ver, nem tão perto que eu possa tocar"

Talvez aches ser cedo para dizer
Mas um de meus tantos delírios
Pode um Bebê existir antes mesmo do ato de sua concepção?

Mas é o fim. Já o sinto.
É tudo que eu não quero
Tudo que eu não posso evitar

Um comentário:

Anônimo disse...

espero que isso seja mais um daqueles textos onde é a imaginação quem impera e essa sua mente avoa e avoa...