sexta-feira, abril 07, 2006

D E S A B A F O

Até quando esta vaidade? Até quando eu vou encarar o mundo como um palco com as mãos coçando para me aplaudir? esperando meu próximo ato? Não dá mais! Até agora, enquanto escrevo, não sinto verdade crua nas minhas palavras... porque sempre penso em quem possa vir a ler isso. Quem será meu espectador? E me perco de dizer o que devia dizer a mim. Mas no fundo também não serei eu espectadora de mim mesmo? Todos nós não somos? Há sempre o outro, o além e é nessa falta de limites, nesta~ânsia de encontros, que me embanano toda.

3 comentários:

Tyr Quentalë disse...
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Tyr Quentalë disse...

A vaidade sempre nos regerá, sempre iremos olhar o mundo como um palco, onde os espectadores esperam o fim do ato, para podermos sermos aplaudidos. Aplausos estes que elevarão nossos espíritos para que mais uma vez possamos encarar um novo Ato, uma nova peça, um novo recitar. Às vezes jogamos as folhas ao ar, exigindo demais de nós mesmo, não satisfeitos com as peças que escrevemos. Mas nunca saberemos, quem são aqueles que lêem nossas obras, até mesmo nos forçando a pensar que nossos escritos, são jogados ao ar. Levados ao vento, levados pelo mar, sendo recordados em nossos tristes anseios, apenas pela mão que escrevera os textos. Sim... quão haverá a ânsia a nos perseguir, confundindo-nos a mente e os sentimentos. Lembrando-nos sempre: seja espectador de si mesmo.

Thiago Braga disse...

http://parergaeparaleponema.blogspot.com/2006/04/ela-o-fez-at-tomar-banho-gina-emanuela.html

Excelente texto, parabéns!!!