quarta-feira, setembro 21, 2005

Enquanto Vivo

O mamao apodrece na fruteira
A perder seu laranja entusiasmante
Traz em si algo que contamina
E de repente a banana perto também já está preta de podre
É o que observo e no que penso
Enquanto sentada á mesa da cozinha

O café quente na xícara vermelha
Aguarda meu primeiro gole
As coisas sofrendo a acao do tempo
Aquelas frutas _dádivas da natureza_que esperaram, foram rejeitadas
Já nao servem mais
A ferrugem que ameaca de leve o pé da geladeira que logo terá de ser outra

E já nao há mais fumaca pairando sobre o meu café
que continua a aguardar meu primeiro gole
Miro o líquido escuro com poder e pena
Alguns instantes e já náo serve mais
Pobre café que nao é eterno que ainda aguarda meu primeiro gole

Nao te beijo, está frio, vou-me embora.

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