sexta-feira, setembro 14, 2007

Amacenhe

Uns pássaros desafinados pensam que cantam
As nuvens espaçadas parecem correr para o lado de lá
E eu existo aqui na frente do computador
Eu resisto acordada desde a madrugada
Absorvendo a luz do monitor
cravada na cadeira
Querendo ser nuvem fluida
arrastada sem parar
reclamando dos pássaros
no decurso do passear

Eu sou cheiros bons e ruins que se mesclam
e me deixam inconfundível
Aqui
Me torno insuportável
Pretendo ser indistingüível

Ainda não sei voar de perto
Nem cheirar menos
Sequer esqueçer
E o poema sente uma falta enorme
das coisas que eu não consigo esquecer
nem escrever

2 comentários:

Anônimo disse...

eu também, prima. eu também.
preciso de um lost...
tou numa ilha de tristeza...
preciso tomar uma decisão e sei que vou sair perdendo em qualquer das duas alternativas que tenho pra escolher... :/

Ramon de Alencar disse...

...
- O que não se escreveu no branco do papel ainda está escrito em branco no preto da memória...

PS> em particular, gostei destes versos...