sexta-feira, julho 13, 2007

De madrugada










Já quase amanhece e eu não durmo. Eu durmo na hora errada. Durmo na hora em que assisto um filme do qual estou gostando. Tem gente me esperando, mas hoje houve desentendimento seguido de incompreenção minha. E me resta um vontade de voltar, só que o orgulho entalado em minha garganta não desce nem com água. Avalie com saliva. Cuspe. Tudo que é líquido se reverte em água nos olhos, e só quer isso de mim. Um choro. Mas hoje não estou de dar o que querem; então olho pro meu reflexo na tela como pra um covarde e o transformo em outra coisa. Que não chora por fora.


Ah, mas a lógica do orgulho é estranha: Eu quero algo. Você não quer me dá. Eu me aborreço. Você se arrepende. Você _ agora_quer me dar. Eu não quero mais.


Todos perdem...e eu aprendi com alguém que tem a metade do meu tempo e um sangue similar. Por convenção, irmão.

3 comentários:

Anônimo disse...

E que orgulho besta é esse que nos consome, hein? Também não entendo, afinal, todos saem perdendo com isso. Mas eu não conhecia esse seu lado ''não dou o braço a torcer''. Ainda bem que não convivemos muito, se não passaríamos anos sem nos falar, a não ser que não brigássemos. =P Beijo.

Bruna, Bruninha disse...

Esotu arrependida por ter feito isso também. Pensando em uma solução, mas nenhuma que deixe meu orgulho intacto.

Mas não há remédio: remediado está.
Mas se encontrares alguma alternativa, me conta...

Anônimo disse...

há alguns dias já, era pra eu ter comentado. comentado que eu tiro o chapéu pra esse teu texto. ma-ra-vi-lho-so.
na hora, eu até me convenci que tu tava certa até depois parar pra pensar o motivo mesmo de termos orgulho. temos orgulho porque temos amor-próprio e sem isso não somos mais nada.
o negócio é saber dosar ambos, porque nada em exagero faz bem. só o amor... :)